Dia Internacional dos Monumentos e Sítios | 18 abril 2023

Visitas guiadas à exposição temporária “Um Cento de Cestos”

O Museu de Arte Popular associa-se às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que em 2023 é dedicado ao tema “Património e Mudança”, com a realização de visitas guiadas à exposição temporária Um Cento de Cestos, dedicada às coleções de cestaria portuguesa do Museu de Arte Popular e do Museu Nacional de Etnologia e na qual ocupam lugar de destaque a articulação entre o design regenerativo e a preservação dos saberes-fazer tradicionais, tendo em vista a promoção das práticas sustentáveis e a preservação do meio ambiente.

Dia: 18-04-2023

Hora: 11h00 e 15h00

Pago / Gratuito: Gratuito

Inscrição: Não precisa de inscrição

Público alvo: Público em geral

Organização: Museu Nacional de Etnologia / Museu de Arte Popular

Contactos para informações: telefone 213011282, e-mail: se@map.dgpc.pt

Festas Felizes | Season’s Greetings

Apresentação pública da obra «Das Paradas Agrícolas aos Cortejos Etnográficos em Portugal» | 23 novembro 18h00

Apresentação pública da obra

Das Paradas Agrícolas aos Cortejos

Etnográficos em Portugal. 

Uma narrativa gráfica de finais do século XIX e

primeira metade do século XX.

Autor: José Luis Mingote Calderón.

Edições Afrontamento, 2022

Museu de Arte Popular, 23 novembro 2022, 18h00

A folclorização da cultura popular constitui uma constante em Portugal a partir de finais do século XIX. No último quartel desse século, como secção de um desfile maior nas comemorações de acontecimentos históricos ou em eventos de carácter local torna-se frequente a realização de «paradas agrícolas», cortejos de camponeses envergando o «traje popular» e desfilando, representando cenas representativas da «tradicionalidade» local ou regional. A passagem do tempo e as mudanças políticas – da Monarquia para a Primeira República, e depois para a Ditadura – resulta em que esses desfiles sejam sucessivamente interpretados com distintas intencionalidades políticas, que culminarão com o auge do intervencionismo com a sua organização a cargo das instituições do Estado Novo, com a intencionalidade de os apresentar como «prova» da adesão do povo camponês ao regime salazarista.

É a história dessas representações do mundo rural que constitui o cerne da obra Das Paradas Agrícolas aos Cortejos Etnográficos em Portugal: uma narrativa gráfica de finais do século XIX e primeira metade do século XX, recentemente publicado pelas Edições Afrontamento com o apoio das Câmaras Municipais de Aveiro, Braga, Barcelos e Viana do Castelo, e que resultou de uma pesquisa exaustiva sobre este tema e que constitui um importante contributo para a compreensão dos processos de construção sobre as ideias de povo e de cultura popular em Portugal ao longo de mais de um século.

O autor:

José Luis Mingote Calderón (*1953) é atualmente curador do Museo Nacional de Antropologia (Madrid). As suas linhas de pesquisa incidiram inicialmente sobre os aspetos técnicos da agricultura pré-industrial, com especial interesse sobre os temas das alfaias agrícolas e dos animais, tendo evoluído mais recentemente para o património imaterial e as representações da ruralidade. Tem-se dedicado também a trabalhos e exposições em que a fotografia desempenha um papel central e, desde há alguns anos, o seu campo de estudos tem sido direcionado para Portugal, de que resultou a exposição Da Fotografia ao Azulejo. Povo, monumentos e paisagens de Portugal na primeira metade do seculo XX, realizada pelo Museu Nacional Soares dos Reis e apresentada, entre 2015 e 2016, em diversos museus em Portugal e Espanha.

Baile de danças tradicionais europeias «Tradballs» | Dia Mundial da Música | 1 de outubro | 22h30

Foto: Jorge Alves

Participe nas comemorações do Dia Mundial da Música com muito ritmo, dança e animação! Ao som de música ao vivo, junte-se à Tradballs e participe na descoberta de tradições coreográficas de várias culturas europeias.

Entrada livre.

Jornadas Europeias do Património 2022 | Programa

Jornadas Europeias do Património MAP 2022 | PDF

Exposição “Côa & Siega Verde: Arte sem limites”

A exposição internacional “Côa & Siega Verde: Arte sem limites”, encontrar-se-á em exibição no Museu de Arte Popular, em Lisboa, entre 14 de julho e 23 de outubro de 2022, sendo posteriormente apresentada no Museo Arqueológico Nacional de Madrid, onde se encontrará entre novembro e fevereiro de 2023.

Trata-se de uma exposição organizada pela Junta de Castilla y León e pela Fundação Côa Parque, no âmbito do projeto Paleoarte, e tem como objetivo divulgar a arte paleolítica ao ar livre dos sítios de Siega Verde (Espanha) e do Vale do Côa (Portugal), o único bem material transfronteiriço da Europa que se encontra inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO.

Pretende-se com esta exposição não só sensibilizar o público para as formas mais antigas de expressão artística da humanidade, como também combater a ideia, ainda muito difundida, de que estas imagens só eram produzidas no interior de cavernas e abrigos. De facto, hoje temos muitas evidências que nos asseguram que as imagens do Paleolítico Superior terão sido muito mais comuns ao ar livre que no interior de grutas e abrigos, mas a maior parte das primeiras ter-se-á perdido, ao contrário das segundas que se terão conservado melhor por estarem protegidas da intempérie. Acontece que as condições especiais do Vale do Côa e Siega Verde, designadamente a sua geologia, permitiram a conservação da arte paleolítica ao ar livre até aos nossos dias. Estes sítios constituem-se assim como raríssimos testemunhos de uma variante particular – a arte ao ar livre – de uma tradição artística europeia vigente entre, pelo menos, os 42.000 anos e os 12.000 anos atrás (a arte do Paleolítico Superior europeu).

As bases sobre as quais se alicerça esta exposição correspondem aos resultados da investigação que várias equipas, essencialmente portuguesas e espanholas, têm vindo a desenvolver na região desde há cerca de 30 anos.

Ao longo do seu percurso, o visitante encontrará peças originais, réplicas e reconstituições, assim como diversa informação textual e gráfica, aparecendo esta na forma de desenhos, fotos, vídeos e até de hologramas. A exposição é ainda pontuada por diversos elementos expositivos de carácter interativo que pretendem contribuir para uma melhor compreensão dos conteúdos apresentados.

A exposição é comissariada por Thierry Aubry, André Tomás Santos (Fundação Côa Parque), Javier Fernández Moreno e Cristina Vega Maeso (Junta de Castilla y León), igualmente editores de um livro-guia que contará com a participação outros 12 investigadores, portugueses e espanhóis.

Programa Educativo:

Para além de visitas guiadas em Português, Inglês e Espanhol, o programa educativo da exposição integra oficinas de pintura dedicadas a famílias com crianças e peddy-papers dirigidos ao público escolar, para além de outras atividades, asseguradas pela equipa do serviço educativo do Museu Nacional de Arqueologia .

Programa Educativo | Museu de Arte Popular | setembro-outubro 2022 | PDF

Horário de Visita:

A exposição “Côa e Siega Verde: Arte sem limites” encontra-se acessível no horário normal de visita do Museu de Arte Popular, a saber:

Quarta-feira a Sexta-Feira: das 10h00 às 18h00

Sábados e Domingos: das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00

Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus 2022 | Programa

Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus | PDF

CONCERTO | Atelier Musical – Orquestra Jovem de Cordas | Escola Artística de Música do Conservatório Nacional | 30 de março 2022, 19h00

Atelier Musical – Orquestra Jovem de Cordas| Escola Artística de Música do Conservatório Nacional

30 de março, 19h00

Entrada livre | Sujeita à lotação da sala

Concerto | Atelier de Artes Performativas | Escola Artística de Música do Conservatório Nacional | 12 de março, 16h00

LOUVOR

Atelier de Artes Performativas | Escola Artística de Música do Conservatório Nacional

Apresentação que evoca Portugal, a diversidade das suas regiões, as suas travessias além mar, dando-nos a oportunidade de relembrar um repertório rico, vasto e variado, de poemas e belíssimas canções que vão desde o canto tradicional português e heranças de transmissão oral, até aos compositores que muito contribuíram para esta riqueza musical e poética, autores como Fernando Lopes-Graça, Fernando Pessoa, Zeca Afonso, Miguel Torga, Artur Santos, António Leal Moreira, entre outros.

+INFO: WWW.EMCN.EDU.PT

Entrada livre | Sujeita à Lotação da Sala

Exposição “Um Cento de Cestos”

A exposição Um Cento de Cestos materializa uma estratégia de estudo, documentação e divulgação de coleções congéneres do Museu de Arte Popular e do Museu Nacional de Etnologia, a partir de uma abordagem integrada que pretende evidenciar, por um lado, a complementaridade entre essas coleções e, por outro, as potenciais sinergias decorrentes da reunião das duas instituições numa única entidade museológica.

Este projeto expositivo pretende também evidenciar a importância da documentação das coleções etnográficas, não apenas com recurso aos materiais de arquivo que os museus conservam mas também a partir da produção de novas pesquisas nos terrenos em que esses objetos foram produzidos, identificando permanências e mudanças, e, muito particularmente, as pessoas que os produzem e os problemas que enfrentam na atualidade.

A exposição Um Cento de Cestos dá a conhecer, por um lado, o passado recente das técnicas de cestaria em Portugal, expresso na seleção de 246 objetos adquiridos para o Museu de Arte Popular nas décadas de 1940/1950 e para o Museu Nacional de Etnologia nas décadas de 1960/1970, assim como na diversidade de matérias-primas e de técnicas de confeção que os mesmos evidenciam.

Contudo, é com interpelações sobre o futuro e a sensibilização para a importância da preservação dos saberes-fazer tradicionais que a exposição se encerra. Um futuro no qual teremos necessariamente que abandonar os modelos predatórios da natureza que orientam as sociedades ditas “modernas” e, para este fim, preservar os conhecimentos e práticas tradicionais desenvolvidas ao longo das gerações num quadro de sustentabilidade e de preservação do meio ambiente. Um futuro de que são protagonistas os mestres artesãos portugueses, que perpetuam saberes e técnicas transmitidos ao longo de gerações, mas que se constituem também como agentes fundamentais para novos olhares e reelaborações das técnicas tradicionais, no quadro das preocupações do design regenerativo.

Para além da referida seleção de 246 objetos das coleções de cestaria portuguesa do Museu de Arte Popular e do Museu Nacional de Etnologia, a exposição integra igualmente documentação dos arquivos fotográfico, fílmico e de desenho fotográfico deste último, assim como nova documentação fotográfica e fílmica produzida em contexto de pesquisa de terreno junto dos cesteiros portugueses pelas curadoras Astrid Suzano e Fatima Durkee, que, em conjunto com Ana Botas (MNE/MAP), asseguraram a pesquisa que suporta a exposição.