Exposição «Siza + Souto de Moura:  Fundação Gramaxo; Claustro do Rachadouro, Mosteiro de Alcobaça»

Exposição

Siza + Souto de Moura:  Fundação Gramaxo; Claustro do Rachadouro, Mosteiro de Alcobaça.

Museu de Arte Popular, de 29 de novembro a 18 de maio de 2024.

Dois nomes incontornáveis da arquitetura portuguesa e duas intervenções com características distintas – uma reabilitação e um edifício construído de raiz sobre uma pré-existência – dão o mote à exposição Siza + Souto de Moura: Fundação Gramaxo; Claustro do Rachadouro, Mosteiro de Alcobaça.

Trata-se este de um projeto expositivo realizado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) com o objetivo de dar a conhecer a complexidade de construção em diferentes contextos patrimoniais, através de fotografias de António Júlio Duarte e André Príncipe que testemunham as diferentes fases de intervenção na Fundação Gramaxo e no Claustro do Rachadouro.

Os projetos retratados constituem exemplos da relevância de uma atuação qualificada na preservação e valorização do património arquitetónico em Portugal, assim como da importância decisiva da arquitetura na construção da identidade cultural e patrimonial dos diferentes lugares, enquanto estratégia de reforço da qualidade de vida das cidades e do desenvolvimento dos territórios e das respetivas comunidades.

Com um programa para expor a coleção da família Gramaxo, o novo edifício da Fundação Gramaxo, localizado na Quinta da Boavista (sec. XVII), evoca a memória da construção pré-existente com uma ocupação semelhante, assumindo, contudo, uma forma e volumetria distintas, integrando-se harmoniosamente no complexo da quinta.

No que concerne ao Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça – um dos mais notáveis exemplos da arquitetura religiosa Cisterciense, inscrito na Lista do Património Mundial pela UNESCO desde 1989 – a sua recente reabilitação para unidade hoteleira, após concurso de concessão, revestiu-se de exigências muito particulares, tendo sido objeto de acompanhamento por parte da DGPC, por se tratar de um monumento sob sua gestão.

Para a conceção destas duas intervenções sensíveis e complexas, ainda que distintas nos planos arquitetónico, histórico e cultural, foi convocada a competência e a mestria de dois nomes incontornáveis da arquitetura portuguesa e internacional: Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura.

Esta exposição constitui uma oportunidade para promover a sensibilização junto do grande público sobre boas práticas na salvaguarda e valorização da arquitetura, da paisagem e do nosso património cultural, missão assumida pela DGPC.